Livros, artigos, reportagens e textos de senadores podem ser baixados gratuitamente. Entre obras raras disponíveis, estão o original da Lei Áurea, de 1888, e um livro de 1633 que descreve o Brasil.
A Biblioteca Digital do Senado, que em dois meses completará dez anos de existência, disponibiliza para download gratuito mais de 260 mil documentos. O acervo digital reúne livros, obras raras, artigos de revista, notícias de jornal, textos de senadores e de servidores do Senado e legislação, inclusive em áudio.
Segundo o chefe do Serviço de Biblioteca Digital, André Luiz Lopes de Alcântara, as obras são de domínio público ou foram cedidas pelos proprietários dos direitos autorais. O público-alvo, afirma, é formado principalmente por estudantes e pesquisadores de direito e história.
Cerca de 2,5 milhões de downloads são feitos anualmente, de acordo com Alcântara.
— As obras mais baixadas são os áudios do Código Civil e da Constituição. A partir do momento em que o usuário encontra o material que deseja, ele pode salvá-lo e imprimi- -lo livremente. A gente só pede que a fonte seja citada.
A preservação e a divulga- ção estão entre as principais funções da Biblioteca Digital, destaca Alcântara. Segundo ele, o conteúdo disponível se destaca pela qualidade e pela segurança.
— Hoje a internet tem muito conteúdo de qualidade duvidosa. As bibliotecas digitais, entre elas a do Senado, se destacam por oferecer um material de alta qualidade, que passa pelos cuidados de diversos profissionais. É uma fonte segura de pesquisa.
História
Alcântara afirma que a atualização do acervo digital é feita conforme a aquisição de novos livros e a produção intelectual do Senado. Novos artigos são disponibilizados semanalmente na página. As notícias dos jornais são inseridas diariamente.
— O ritmo da publicação dos livros costuma ser um pouco mais lento, já que também depende da autorização dos detentores dos direitos autorais.
Aproximadamente 1,4 mil obras raras também compõem o acervo da Biblioteca Digital. O livro mais antigo é o Novus Orbis seu Descriptionis Indiae Occidentalis, de Johannes de Laet, de 1633. Trata-se de uma descrição geográfica, etnológica e linguística da América, além de relatos e desenhos de animais e plantas da região, com especial destaque para o Brasil.
Outra obra de grande valor histórico é a versão digitalizada da Lei Áurea, de 1888. O documento é assinado pela princesa Isabel.
— São obras históricas e fonte de pesquisas primárias — ressalta Alcântara.
Fonte: Jornado do Senado Nº 4.576
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