🌍 Terremoto no Afeganistão: Geografia, impactos e desafios humanitários
Na noite de 31 de agosto de 2025, um forte terremoto de magnitude 6,0 atingiu o leste do Afeganistão, próximo à fronteira com o Paquistão. O tremor ocorreu por volta das 23h47 (horário local) e teve profundidade rasa, de apenas 8 a 10 km, fator que intensificou os danos. As províncias de Kunar e Nangarhar foram as mais afetadas, com aldeias inteiras destruídas.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram cenas de pânico no momento do abalo, casas reduzidas a escombros e equipes de resgate trabalhando para retirar vítimas. Até agora, as autoridades confirmaram mais de 800 mortos e cerca de 2.800 feridos, números que podem aumentar nas próximas horas. Deslizamentos de terra e chuvas fortes dificultam o acesso às regiões mais isoladas, tornando o trabalho dos socorristas ainda mais desafiador.
O Afeganistão é um país marcado por intensa atividade sísmica, pois está localizado na zona de encontro das placas tectônicas Indiana e Eurasiana. A região é cortada por diversas falhas geológicas, como a de Chaman, e tem histórico de terremotos devastadores. A vulnerabilidade aumenta devido ao uso de construções frágeis, muitas feitas com barro e pedra, que não resistem a tremores.
Equipes de resgate têm utilizado helicópteros para alcançar áreas remotas. Em apenas um dia, foram realizados cerca de 40 voos, evacuando centenas de feridos. O governo afegão pediu ajuda internacional, lembrando que a assistência externa ao país sofreu forte queda nos últimos anos: de US$ 3,8 bilhões em 2022 para apenas US$ 767 milhões em 2025. Diversas nações e organizações, como ONU, China, Índia e Cruz Vermelha, já anunciaram apoio emergencial.
Esse desastre mostra como fatores geográficos, sociais e econômicos se combinam para ampliar os impactos de fenômenos naturais. A geografia montanhosa, a precariedade da infraestrutura e a instabilidade política tornam o Afeganistão um dos países mais vulneráveis a eventos como este.
Para as aulas de Geografia, este terremoto pode servir como ponto de partida para reflexões sobre placas tectônicas, vulnerabilidade socioespacial, gestão de riscos e cooperação internacional. Uma sugestão é trabalhar com mapas que mostrem as falhas geológicas da região e criar atividades que ajudem os estudantes a compreender por que tremores rasos são tão destrutivos.
Vejam algumas imagens.
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