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Geopolítica em 2025: Trump e Kim Jong-un: o encontro que não aconteceu — impactos globais e reflexos no Brasil

Kim Jong-un e Donald Trump se encontraram em três ocasiões durante o primeiro mandato do líder americano© Reuters/U.S. Network Pool

    Durante sua recente viagem à Ásia Oriental, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não conseguiu realizar um encontro com o líder norte-coreano Kim Jong-un — um dos principais objetivos da visita. Trump alegou que o encontro não ocorreu por conflitos de agenda. Em reunião com o presidente sul-coreano Lee Jae-myung, Trump expressou preocupação com o avanço do programa nuclear da Coreia do Norte, que considera uma ameaça à segurança regional.

    Apesar de Donald Trump ter expressado várias vezes o desejo de se reunir com Kim Jong-un durante sua viagem pela Ásia Oriental, o encontro não se concretizou. Aqui estão os principais motivos apontados:
  • Trump alegou problemas de agenda como razão oficial para o encontro não ter acontecido.

  • Kim Jong-un não respondeu aos acenos diplomáticos, mantendo distanciamento durante toda a visita de Trump à região.

  • A Coreia do Norte realizou testes militares durante a visita, o que foi interpretado como uma demonstração de força e possível sinal de desinteresse no diálogo naquele momento.

  • Trump estava envolvido em compromissos com outros líderes asiáticos, como o presidente sul-coreano Lee Jae-myung e o imperador do Japão, o que também contribuiu para a falta de tempo.

  • Apesar disso, Trump afirmou que mantém um bom relacionamento com Kim e que estaria disposto a voltar à Ásia para encontrá-lo futuramente.


🧩 Principais momentos da relação Trump–Kim

  • 2017–2018: Tensão máxima

    • Troca de ameaças públicas e testes nucleares norte-coreanos.

    • Trump apelidou Kim de “Rocket Man”, enquanto Kim respondeu com insultos.

  • 2018: Primeiro encontro histórico

    • Cúpula em Singapura: primeiro encontro entre um presidente dos EUA e um líder norte-coreano.

    • Promessas vagas de desnuclearização, mas sem cronograma definido.

  • 2019: Cúpula de Hanói

    • Segundo encontro terminou abruptamente sem acordo.

    • EUA exigiram desmantelamento completo do programa nuclear; Coreia do Norte queria alívio das sanções.

  • 2019: Encontro na Zona Desmilitarizada

    • Trump cruzou simbolicamente a fronteira para cumprimentar Kim.

    • Apesar do gesto, negociações estagnaram logo depois.

  • 2020–2024: Silêncio diplomático

    • Pandemia e mudanças políticas esfriaram os contatos.

    • A Coreia do Norte intensificou testes de mísseis.

  • 2025: Tentativa de reaproximação

    • Trump buscou novo encontro durante visita à Ásia.

    • Kim ignorou os acenos, possivelmente como sinal de desinteresse ou estratégia de pressão.

Esse histórico mostra como a relação entre os dois líderes oscilou entre confrontos e tentativas de aproximação, mas sempre com resultados limitados.

A relação entre Trump e Kim Jong-un em 2025 tem gerado impactos significativos na segurança regional da Ásia e na política externa dos EUA, com efeitos que vão além da Península Coreana.

🔐 Segurança regional na Ásia

  • A Coreia do Norte intensificou testes de mísseis durante a visita de Trump, o que foi interpretado como uma demonstração de força e resistência ao diálogo.

  • O clima diplomático está mais tenso do que em encontros anteriores, como o de 2019. A Coreia do Norte insiste no reconhecimento de seu status nuclear, o que complica qualquer negociação.

  • Aliados dos EUA, como o Japão e a Coreia do Sul, estão cautelosos, temendo que uma aproximação unilateral com Pyongyang possa enfraquecer a arquitetura de segurança regional.

  • O Vietnã, frustrado com a política externa de Trump, tem se aproximado de Rússia, China e Coreia do Norte, reconfigurando alianças na Ásia.

🌐 Política externa dos EUA

  • Trump tem usado a relação com Kim como ferramenta estratégica, inclusive para tentar influenciar o cenário da guerra no Leste Europeu. A ideia seria envolver a Coreia do Norte em negociações indiretas com a Rússia, já que tentativas diretas com Putin fracassaram.

  • A imprevisibilidade diplomática de Trump, marcada por tarifas unilaterais e cortes em cooperação internacional, tem gerado desconfiança entre parceiros asiáticos.

  • A ausência de um encontro com Kim foi vista como um revés diplomático, enfraquecendo a imagem de Trump como negociador global e levantando dúvidas sobre sua capacidade de restaurar canais de diálogo com regimes autoritários.

🌏 Impactos na Segurança Regional Asiática

  • Aumento da tensão militar: A ausência de diálogo entre EUA e Coreia do Norte tem levado Pyongyang a intensificar testes de mísseis balísticos, o que preocupa países vizinhos como Coreia do Sul e Japão.

  • Corrida armamentista regional: A falta de avanços diplomáticos reacendeu debates sobre o fortalecimento das defesas militares no Japão e na Coreia do Sul, incluindo a possibilidade de desenvolvimento de capacidades nucleares próprias.

  • Influência chinesa em ascensão: A China tem aproveitado o vácuo diplomático para reforçar sua influência sobre a Coreia do Norte, o que pode alterar o equilíbrio de poder na região.

🌏 Efeitos na Política Externa dos EUA

  • Isolamento diplomático: A tentativa frustrada de Trump em se reunir com Kim foi vista como um sinal de enfraquecimento da capacidade dos EUA de liderar negociações multilaterais na Ásia.

  • Desconfiança dos aliados: A abordagem unilateral de Trump, sem coordenação clara com aliados como Coreia do Sul e Japão, tem gerado desconforto e incerteza sobre o compromisso dos EUA com a segurança regional.

  • Uso político interno: Trump tem utilizado a narrativa de “tentativas de paz” com Kim como trunfo político doméstico, mesmo sem resultados concretos, o que levanta críticas sobre a instrumentalização da diplomacia para fins eleitorais.

O Brasil pode ser afetado indiretamente pela relação entre Trump e Kim Jong-un, especialmente em áreas como comércio exterior, segurança internacional e alinhamentos diplomáticos.

🇧🇷 Como o Brasil pode ser impactado

  • Reconfiguração de alianças globais: A tentativa de Trump de usar a Coreia do Norte como intermediária para pressionar a Rússia pode alterar o equilíbrio de poder internacional. Isso afeta o Brasil, que busca manter relações comerciais com múltiplos blocos sem se alinhar totalmente a nenhum.

  • Tensões na América Latina: A estratégia agressiva dos EUA pode gerar reações de países vizinhos como Venezuela e Colômbia, o que pode influenciar a política externa brasileira. A especialista Giovana Branco aponta que a Venezuela representa um desafio constante para os EUA, e qualquer escalada pode afetar a estabilidade regional.

  • Impactos econômicos e ambientais: O retorno de Trump à presidência trouxe medidas como a saída dos EUA do Acordo de Paris e políticas protecionistas. Isso pode prejudicar acordos comerciais e ambientais com o Brasil, especialmente em setores como agronegócio e energia limpa.

  • Pressão sobre o comércio exterior: Com a retomada de tarifas e barreiras comerciais por parte dos EUA, o Brasil pode enfrentar dificuldades para exportar produtos para o mercado norte-americano, além de ter que lidar com a volatilidade cambial e geopolítica.

🗣️ E agora queremos ouvir você! O que você achou da tentativa frustrada de encontro entre Trump e Kim Jong-un? Acredita que isso pode realmente impactar o Brasil e o cenário internacional? Deixe sua opinião nos comentários — o debate está aberto!

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