Amazonia e Africa: a fumaça que atravessa o Atlantico


A imagem mostra a concentração de CO2 por queimadas entre África e Brasil e sua dispersão espacial (a mancha marrom-amarelada que se estende sobre o Atlântico e grande parte dos continentes).

A resposta correta para a questão é a D) Circulação de massas de ar.


🌬️ Explicação

  1. O Problema Ambiental: O mapa representa a concentração e a dispersão de um gás poluente CO2 originado por queimadas.
  2. Dispersão Espacial: A fumaça e os gases liberados na atmosfera, como o CO2, não permanecem estáticos sobre o local de origem. Eles são transportados por longas distâncias, atravessando oceanos e continentes.
  3. Mecanismo de Transporte: O principal mecanismo geográfico e atmosférico responsável por esse transporte horizontal de poluentes, umidade, calor e outras características na troposfera é a circulação geral da atmosfera, ou seja, a circulação das massas de ar e dos ventos.
  • No caso específico do mapa, a fumaça de queimadas na Amazônia e em partes da África está sendo movida pela circulação atmosférica (como os ventos alísios e a circulação de células de Hadley e Ferrel) sobre o Oceano Atlântico.
  • As células de Hadley e Ferrel são modelos de circulação atmosférica global. A célula de Hadley, nas baixas latitudes, envolve o ar que sobe no equador, flui para os polos em altitude e desce nos trópicos, criando os ventos alísios. A célula de Ferrel, nas latitudes médias, é uma célula secundária onde o ar flui em direção aos polos em baixas altitudes (formando os ventos de oeste) e de volta aos trópicos em altitude, sendo impulsionada pelas células de Hadley e polar.

❌ Análise das Alternativas Incorretas

  • A) Amplitude das temperaturas médias: A variação de temperatura não é o motor primário da dispersão de poluentes por grandes áreas, embora o calor possa afetar a estabilidade da coluna de ar.
  • B) Homogeneidade da insolação anual: A insolação (quantidade de energia solar) é bastante variável ao longo do ano e do planeta, e sua homogeneidade (ou falta dela) não explica diretamente o transporte do CO2 através do oceano.
  • C) Ocorrência de chuvas de relevo: Chuvas de relevo (orográficas) estão ligadas à ascensão de massas de ar úmidas em barreiras montanhosas, um fenômeno localizado que não explica a dispersão em escala continental/oceânica. Além disso, a chuva tenderia a "limpar" a atmosfera, não a dispersar o gás.
  • E) Ausência de frentes frias: As frentes frias são justamente grandes massas de ar em movimento. A ausência delas não explicaria o vasto movimento de dispersão. Pelo contrário, a dinâmica atmosférica (que inclui a formação e o movimento de frentes, massas de ar e sistemas de baixa/alta pressão) é o que causa a dispersão.

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