O que há de estranho em uma matéria que aponta um aumento de riqueza, de uns poucos "privilegiados" em período de crise? Ao meu ver isso não é, necessariamente algo complicado de explicar. Mesmo em momentos de crise os povos, os países e o mundo como um todo continuam produzindo riqueza o que ocorre é que essa riqueza, no modelo capitalista de produção, é apropriada por poucos e, no momentos de crise, essa apropriação é ainda mais feroz. Ao mesmo tempo que aumenta a riqueza de uns poucos, muitos entram em situação de precariedade econômica o que explica a concentração de riqueza.
Veja abaixo o exemplo brasileiro:
Por Eduardo Mamcasz (EBC) - Você sabe o que cresceu no Brasil no meio de dois anos de crescimento negativo da economia? Pois então, anote aí. Segundo a Fundação Forbes, no ano passado, o Brasil tinha 31 bilionários, ou seja, com renda acima de US$ 1 bilhão, o que dá quase R$ 4 bilhões. Daí, a lista brasileira de bilionários subiu de 31 integrantes para 43, em meio à crise. Vamos nessa?
E dos 43 brasileiros que estão lá na lista, o mais rico deles, o Jorge Paulo Lemann, com participação, principalmente, no setor de cervejas, está na posição de número 22 e tem uma fortuna estimada em US$ 29,3 bilhões. Ou seja, no mundo, tem 21 bilionários mais bilionários que ele. A maioria desses afortunados, por sinal, é dos Estados Unidos, começando pelo mais rico de todos, o Bill Gates, da Microsoft, do ramo da informática. Ele tem uma fortuna estimada em US$ 79 bilhões.
De volta aos pobres bilionários do nosso Brasil, vamos pela ordem. Em segundo lugar, está a fortuna do banqueiro Joseph Safra, com US$ 20,5 bilhões. Em terceiro, com US$ 14,8 bilhões, Marcel Telles, do setor de cervejas. O mais novo entre os dez mais bilionários do Brasil é o Eduardo Saverin. Ele tem 35 anos de idade e uma fortuna de US$ 7,9 bilhões. Entre os dez mais só tem uma mulher, a Maria Helena Moraes Scripilliti, de 86 anos de idade e uma fortuna de US$ 3,9 bilhões, a sétima maior do Brasil.
Agora, entre os dez mais bilionários tem três da mesma família: os donos das Organizações Globo. Somando a fortuna dos três Marinho - José Roberto, Roberto Irineu e João Roberto - dá uma soma invejável de US$ 11,4 bilhões. Três brasileiros que estavam na lista do ano passado e, agora, não voltaram à deste ano são: Francisco Ivens Dias Branco, Ermírio Pereira de Moraes e Maria Helena Moraes.
E, só para fechar a prosa, porque já estou tonto com tanta dinheirama na minha cabeça... No mundo, de 2016 para cá, o número dos mais ricaços aumentou 13%. Pulou de 1.810 para 2.043, o maior crescimento em 31 anos de existência da lista da Forbes. Agora, preste atenção neste último detalhe. A riqueza acumulada por esses bilionários aumentou 18%. Hoje, eles têm, juntos, US$ 7,6 trilhões. No nosso dinheiro, daria uns R$ 25 trilhões.
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