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A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou proposta que institui a Política Nacional de Saúde Vocal. O objetivo é garantir, no Sistema Único de Saúde (SUS), a oferta de ações de prevenção e de assistência ligadas à saúde dos profissionais que trabalham com o uso da voz, como os professores.
O texto prevê a avaliação anual desses profissionais por médicos otorrinolaringologistas, psicólogos, fonoaudiólogos e assistentes sociais. Também serão oferecidos programas periódicos de capacitação e treinamento para o uso adequado da voz, além de ações de reabilitação dos profissionais acometidos por lesões vocais ou laríngeas.
Por fim, a proposta prevê incentivos ao desenvolvimento e à adoção de tecnologias de ensino que reduzam o esforço vocal. (Fonte: Agência Câmara)
O que observo é que se não trabalhar a acústica das escolas, fizer um trabalho intensivo de redução de ruídos nas áreas escolares (interna e externamente) e, principalmente, reduzir o número de alunos por turma, toda e qualquer ação em favor do bem estar vocal do professor será apenas fanfarronice com as condições de trabalho do professor.
É claro que a preocupação não é com o professor e sim com a economia. O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo deputado Diego Garcia (PHS-PR), Diego Garcia observou que professores, principalmente, sofrem mais de problemas vocais que o restante da população e acabam faltando ao trabalho em decorrência disso. Tal absenteísmo, ressaltou o deputado, gera encargos previdenciários, uma vez que um professor substituto deve entrar no lugar do ausente, sendo que os dois precisam ser pagos.
Ou seja, se os professores não gerassem uma "despesa" previdenciária será que estariam incomodados com as condições de trabalho e de saúde dos professores?
Não se assuste se dentro em breve os professores estiverem usando como "material didático", além de livros, um megafone.
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