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Últimos fatos sobre a Coreia do Norte


Foto divulgada hoje pela agência estatal de notícias da Coreia do Norte, a KCNA, mostra Kim Jong-un supostamente inspecionando armas nucleares em um local não reveladoEFE/EPA/KCNA/Direitos reservados
A Coreia do Norte testou hoje (3) sua bomba atômica mais potente até o momento, um artefato termonuclear ou bomba H, que, segundo o regime, pode ser instalado em um míssil intercontinental. Se confirmado, isso representa um importante e perigoso aumento de suas capacidades militares.

O sexto experimento nuclear norte-coreano e segundo supostamente realizado com um artefato termonuclear culmina um período de frenética atividade armamentista por parte do regime de Kim Jong-un, após testar mais de uma dezena de mísseis balísticos desde o começo do ano, entre eles dois intercontinentais.

Essa intensificação coincidiu com a chegada de Donald Trump à Casa Branca, em janeiro passado – o de hoje é o primeiro teste atômico norte-coreano sob seu mandato –, e gerou uma das piores crises de segurança na região nos últimos anos.

O novo experimento atômico ocorreu hoje (3) por volta das 12h30 (horário local, 0h30 em Brasília), quando os institutos sismológicos de Seul, Tóquio e Pequim detectaram um forte terremoto de origem aparentemente artificial devido a sua pouca profundidade e com hipocentro na província onde a Coreia do Norte realizou seu teste nuclear anterior.

Algumas horas depois, a imprensa oficial norte-coreana anunciou que o país tinha testado com "total sucesso" um artefato termonuclear que pode ser instalado em um dos seus mísseis balísticos intercontinentais (ICBM).

"O teste foi realizado com uma bomba com poder sem precedentes", disse a locutora da rede estatal KCTV Ri Chun-hee, a encarregada de dar as notícias mais importantes para o regime, acrescentando que o experimento teve "duas fases" e foi executado por ordem direta do líder Kim Jong-un.

A intensidade da detonação detectada neste domingo pelos países vizinhos e pela Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBTO, na sua sigla em inglês) indica que se tratou de um ensaio muito mais potente que os cinco anteriores executados pelo regime.

A explosão teve uma potência estimada próxima a 100 quilotons, o que representa o quíntuplo do teste atômico norte-coreano anterior, de setembro do ano passado, e cerca de 11 vezes superior à detectada em janeiro do mesmo ano, quando Pyongyang afirmou ter testado outra bomba de hidrogênio, segundo Seul.

Uma análise posterior apontou que o teste de janeiro de 2016 foi de um artefato de características inferiores a um termonuclear, e desta vez Seul e Tóquio assinalaram que ainda estão analisando os dados recolhidos para determinar se tratou-se de uma bomba H.

O teste, em qualquer caso, volta a demonstrar que a Coreia do Norte não tem intenção de abandonar seu programa nuclear apesar da pressão sem precedentes da comunidade internacional e dos recentes apelos ao diálogo de Washington e Seul.

Japão e Coreia do Sul condenaram firmemente o experimento, executado na mesma semana em que um míssil balístico norte-coreano sobrevoou o arquipélago japonês e caiu no Pacífico, e assinalaram que estão em contato com Washington para convocar uma nova reunião do Conselho de Segurança (CS) da ONU e tentar isolar ainda mais Pyongyang.

Pequim, o principal aliado do regime norte-coreano, também expressou sua "condenação enérgica" e sua "firme denúncia" do novo desenvolvimento armamentístico, enquanto Moscou o qualificou de "séria ameaça para o mundo", insistindo em que todas as partes envolvidas no conflito na península coreana devem voltar ao diálogo.

O sexto teste nuclear norte-coreano ocorreu poucos dias antes de 9 de setembro, quando se comemora o aniversário da criação do país asiático e a mesma data na qual no ano passado aconteceu o seu quinto experimento atômico.

No começo deste domingo e antes de acontecer o teste, a imprensa estatal norte-coreana afirmou que o país tinha conseguido desenvolver com sucesso uma bomba de hidrogênio que foi carregada em um dos seus novos projéteis ICBM, e mostrou fotos de Kim Jong-un com o suposto artefato.

O teste, junto com os lançamentos de mísseis balísticos dos últimos meses, parece ter sido realizado para demonstrar com fatos que a Coreia do Norte é capaz de alcançar território americano com um míssil com carga nuclear, ainda que muitos especialistas duvidem que o país já domine esta tecnologia.

Secretário-geral da ONU condena teste nuclear da Coreia do Norte

António Guterres chama o ato da Coreia do Norte de "desestabilizador"
Arquivo/ONU/Jean-Marc Ferré
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou neste domingo o novo teste nuclear da Coreia do Norte e reiterou seu desejo para que o regime de Kim Jong-un interrompa suas ações armamentistas. A informação é da agência EFE.

"Este ato é outra violação das obrigações internacionais da DPRK (sigla em inglês para República Democrática Popular da Coreia, o nome oficial do país) e solapa os esforços de não proliferação e desarmamento", disse Guterres em um comunicado enviado por seu porta-voz.

"Este ato é também profundamente desestabilizador para a segurança regional", lamentou o diplomata português, que acusou a Coreia do Norte de ser o "único país que segue rompendo a norma contra os testes de detonações nucleares".

O secretário-geral da ONU reiterou seus pedidos ao regime de Kim Jong-un para que interrompa suas ações armamentistas e "cumpra totalmente" com as resoluções que lhe foram impostas pelo Conselho de Segurança, e indicou que está em contato "com todas as partes".

O regime norte-coreano assegurou hoje que testou "com total sucesso" uma bomba de hidrogênio - seu sexto teste nuclear desde 2006 - que pode ser instalada na cabeça de um míssil intercontinental.

No dia 29 de agosto, o Conselho de Segurança realizou sua última reunião de urgência sobre a Coreia do Norte por causa do lançamento de um novo míssil por parte do regime de Kim Jong-un.

Em 5 de agosto, o Conselho aprovou por unanimidade uma resolução com novas sanções econômicas contra a Coreia do Norte pelos seus testes nucleares e balísticos.

Trump estuda suspender comércio com países que negociam com a Coreia do Norte

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje (3) que seu país está considerando suspender "todo o comércio" com qualquer nação que fizer negócios com a Coreia do Norte, além de outras medidas em resposta ao novo teste nuclear do regime de Pyongyang.

"Os Estados Unidos estão considerando, além de outras opções, suspender todo o comércio com qualquer país que faça negócios com a Coreia do Norte", afirmou Trump na sua conta do Twitter.

Perguntado sobre um possível ataque à Coreia do Norte, após o teste nuclear, o presidente norte-americano respondeu de maneira curta: "Já veremos".

Trump saía de uma igreja próxima à Casa Branca, onde acompanhou missa pelo dia de orações pelas vítimas do furacão Harvey, quando um jornalista lhe perguntou se planeja atacar o país governado por Kim Jong-un.

No Twitter, Trump condenou o teste norte-coreano, com a bomba mais potente até então. Ele alertou que as tentativas de "apaziguar" o governo da Coreia do Norte não estão funcionando. "A Coreia do Norte realizou um importante teste nuclear. As suas palavras e ações continuam sendo muito hostis e perigosas para os Estados Unidos", escreveu o presidente americano.

O chefe do Pentágono, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, prometeu  que haverá uma "grande resposta militar" por parte de seu país para "qualquer ameaça" da Coreia do Norte aos territórios do país, entre eles Guam, e seus aliados. "Qualquer ameaça aos Estados Unidos, seus territórios, entre eles Guam, e os nossos aliados receberá uma grande resposta militar", advertiu Mattis, que fez um breve pronunciamento à imprensa na Casa Branca após participar de uma reunião com o presidente Donald Trump para avaliar o último teste nuclear norte-coreano.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, também condenou neste domingo o novo teste nuclear da Coreia do Norte e pediu à comunidade internacional "ações mais duras" contra o regime de Pyongyang.

O último teste norte-coreano "supõe uma nova e inaceitável ameaça", disse May, que defendeu "aumentar o ritmo de implementação das sanções existentes e avaliar de forma urgente uma nova medida no Conselho de Segurança da ONU ".

"Isto é cada vez mais premente. A comunidade internacional condenou de forma universal este teste e deve se unir para continuar aumentando a pressão sobre os líderes da Coreia do Norte para que ponham fim às suas ações desestabilizadoras", afirmou May em uma nota divulgada pelo seu escritório oficial.

May abordou a ameaça da Coreia do Norte com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, durante sua visita ao Japão, e destacou que ambos estiveram de acordo na necessidade de tomar "ações mais duras" contra o regime do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, insistiu neste domingo que o problema da nuclearização da Coreia do Norte deve ser resolvido exclusivamente pela via diplomática, após o sexto teste nuclear do regime de Kim Jong-un.

Em uma conversa telefônica com o primeiro-ministro japonês, Putin afirmou que "a comunidade internacional não deve deixar-se levar pelas emoções" e enfatizou que "a solução integral do problema nuclear na Península Coreana só pode ser conseguida por meios político-diplomáticos", informou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Putin se reuniu neste domingo com o presidente chinês, Xi Jinping. Na reunião, realizada na cidade chinesa de  Xiamen, os dois líderes discutiram uma coordenação de esforços para "lidar com a nova situação", criada a partir de mais um teste norte-coreano. Ambos concordaram em "continuar com o objetivo de uma península da Coreia desnuclearizada", veiculou a agência de notícias Xinhua.

Xi Jinping ainda pediu para Putin que os dois países trabalhem lado a lado para "promover a paz e o desenvolvimento mundial". Paralelamente a essa reunião, os ministérios de Relações Exteriores chinês e russo condenaram o teste nuclear atômico. Pequim pediu a Pyongyang que respeite as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, "deixe de tomar decisões equivocadas" e volte "de forma real ao caminho do diálogo".

Conselho de Segurança da ONU se reúne esta segunda para avaliar teste nuclear

Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta segunda-feira (4) com o objetivo de analisar o novo teste nuclear da Coreia do Norte.

A reunião, que acontecerá às 10h locais (11h de Brasília), foi solicitada por Estados Unidos, França, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul, segundo a missão norte-americana na ONU.

O Conselho se reunirá um dia depois que o regime norte-coreano garantiu ter detonado "com sucesso total" uma bomba de hidrogênio que poderia ser instalada em um míssil intercontinental.

Entre os países que solicitaram a reunião, três são membros permanentes do Conselho de Segurança (EUA, França e Reino Unido). O Japão ocupa um posto não permanente nesse órgão até o fim deste ano.

A última reunião de urgência sobre a Coreia do Norte ocorreu em 29 de agosto devido ao lançamento de um novo míssil por parte do regime de Kim Jong-un. No dia 5 de agosto, o Conselho aprovou por unanimidade uma resolução com novas sanções econômicas contra a Coreia do Norte pelos seus testes nucleares e balísticos.

Fonte: EBC

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