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Biomas continentais do Brasil




Na esquematização do IBGE, o Brasil tem seu território ocupado por seis biomas terrestres e um bioma marinho. Os biomas existentes são (da maior extensão para a menor): a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal.

Cerrado

O Bioma Cerrado ocorre principalmente no Planalto Central Brasileiro e está presente em toda área do Distrito Federal e parte dos Estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rondônia, São Paulo e Tocantins. Abrange aproximadamente 24 % do território brasileiro. O Cerrado é reconhecido como a Savana mais rica do mundo em biodiversidade, com a presença de diversas tipologias vegetais de riquíssima flora. Estima-se que uma em cada três espécies de plantas nativas da região é utilizada de alguma forma pelo homem. Centenas de espécies de plantas do Cerrado são exploradas há séculos pelos indígenas e pelos colonizadores como alimento, remédio, forragem, plantas usadas em paisagismo, pasto apícola, material de construção e matéria-prima para artesanato e para obtenção de fibras, óleo, tanino e outros produtos. A fauna é rica. Atualmente, o Bioma Cerrado abriga o principal pólo de expansão da produção agropecuária do país. Estas atividades já resultaram na eliminação de uma expressiva porção da cobertura vegetal nativa do Bioma e na fragmentação da maioria dos seus habitats naturais.

Mata Atlântica
O Bioma Mata Atlântica ocupa aproximadamente 13 % do território brasileiro abrangendo a totalidade dos Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e parte dos Estados do Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Pelo fato de localizar-se na região litorânea, área de maior densidade populacional, constitui-se no mais ameaçado entre os Biomas que ocorrem no Brasil. Apesar de sua área encontrar-se bastante reduzida e fragmentada, este Bioma é de primordial importância, pois suas reduzidas formações vegetais remanescentes abrigam uma biodiversidade ímpar, além de proporcionar inúmeros benefícios ambientais. Os remanescentes florestais estão localizados, principalmente, em áreas de difícil acesso.

Pampas (Campos Sulinos)
O Bioma Pampa, com uma área aproximada de 2 % do território nacional, abrange a metade sul do Estado do Rio Grande do Sul e constitui a porção brasileira dos Pampas Sul-Americanos, que se estendem pelos territórios do Uruguai e da Argentina. É caracterizado por clima chuvoso, sem período seco, mas com temperaturas negativas no inverno, que influenciam a vegetação. O Bioma Pampa, que faz limite apenas com o Bioma Mata Atlântica é formado por quatro conjuntos principais de vegetação de campos, como Planalto da Campanha, Depressão Central, Planalto Sul-Rio-Grandense e Planície Costeira. Em toda a área de abrangência do Bioma Pampa, a atividade humana propiciou uma uniformização da cobertura vegetal que, de um modo geral, é usada como pastagem natural ou ocupada com atividades agrícolas, principalmente o cultivo do arroz.

Caatinga
O Bioma Caatinga ocupa uma área aproximada de 10 % do território nacional, se estendendo totalmente pelo Estado do Ceará e parte do Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. O termo Caatinga é de origem indígena e significa mata clara e aberta. Aplica-se tradicionalmente ao conjunto paisagístico do sertão nordestino do Brasil, um importante espaço semiárido da América do Sul, em um país com predominância de climas tropicais úmidos e subúmidos. Constitui-se também em uma das exceções marcantes no contexto climático e hidrológico do continente, caracterizado pela abundância de umidade, e possui posição singular no hemisfério, marcado por uma grande influência oceânica. Embora esteja localizado em área de clima semiárido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e espécies que só ocorrem nesse Bioma. A vegetação mais importante e onipresente nesse Bioma é a Savana Estépica (Caatinga) que retrata, em sua fisionomia decidual e espinhosa pontilhada de cactos e bromélias, os rigores da secura, do calor e da luminosidade tropical. A Caatinga constitui-se no mais antigo representante da aridez do último período glacial, sendo considerado um tipo de testemunha em extinção.

Amazônia
O Bioma Amazônia ocupa cerca de 49 % do território brasileiro abrangendo a totalidade dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e parte dos Estados do Maranhão, Tocantins, Rondônia e Mato Grosso. Estima-se que contém 20 % da disponibilidade mundial de água e grandes reservas minerais. A vegetação do Bioma Amazônia apresenta uma flora variada, rica em plantas indicadas para os mais diferentes usos. Há que se considerar ainda a vasta fauna, os fungos, as bactérias e a gama de outros microrganismos, que contribuem para o balanço ecológico deste Bioma. Esta diversidade biológica é resultado da interação das variadas condições geoclimáticas predominantes. Por essas e outras características, o Bioma Amazônia é considerado como sendo a maior reserva de diversidade biológica do mundo, havendo estimativas de que abrigue pelo menos a metade de todas as espécies vivas do planeta.

Pantanal
O Bioma Pantanal ocupa aproximadamente 2 % do território nacional e abrange parte dos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Constitui-se na maior superfície inundável interiorana do mundo. As tipologias de vegetação do Cerrado são predominantes neste bioma, ocorrendo também vegetação semelhante à Caatinga e pequenas áreas com florestas. Entretanto, o Bioma Pantanal é reconhecido como a maior planície de inundação contínua do planeta, o que constitui o principal fator para a sua formação e diferenciação em relação aos demais Biomas. Ali se reúnem representantes de quase toda a fauna brasileira e, durante o período de inundação, parte dessa fauna se refugia nas áreas mais altas, retornando quando baixam as águas.


Fonte: IBGE

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