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Diminuição da umidade do ar, aumento da temperatura em escala regional e redução na formação de nuvens de chuva. Esses são alguns dos impactos observados pelo pesquisador da Universidade Federal do Oeste do Pará, Wilderclay Machado, em sua tese de doutorado. Ele aplicou o estudo da física às questões ambientais decorrentes das ações humanas no entorno da BR-163, rodovia que liga o norte de Mato Grosso ao Oeste do Pará.
A pesquisa apontou como as condições atmosféricas da região foram afetadas pela ação humana, motivada principalmente pelo fator econômico.
Foi estudada a parte da rodovia que vai de Santarém até a cidade de Novo Progresso, ambas no Pará. Segundo o professor Wilderclay Machado, neste espaço, a intervenção humana foi de apenas 13%, mas alterou diversos indicadores.
“Essas alterações podem, dependendo do tão grave que possam ser, ocasionar condições diferentes ou inadequadas para um determinado tipo de vegetação. Isso aí a longo prazo, a curto prazo, você tem menos umidade na atmosfera, com isso você tem maior variação da amplitude térmica, ou seja, o dia muito quente e a noite muito fria.
Outro ponto verificado foi a diminuição em 14,4% da chamada evapotranspiração, que é a devolução da umidade para a atmosfera, um dos três fatores principais para a formação de nuvens de chuva.
O pesquisador não chegou a estudar as mudanças no ciclo hidrológico, mas já consegue prever uma diminuição das chuvas.
O estudo conseguiu apontar, ainda, a importância das unidades de conservação na região, que conseguem manter o equilíbrio da manutenção do clima, mesmo com as ações humanas existentes.
Para próximas pesquisas, o professor pretende traçar cenários futuros na região, a fim de entender qual o limite de desmatamento que os recursos florestais conseguem suportar. (Fonte: EBC).
SALA DE AULA
Este texto traz alguns elementos interessantes para se debater em sala de aula.
1. O professor pode solicitar que os alunos indiquem que teoria embasam as deduções feitas pela pesquisa.
2. É possível, também, propor uma atividade prática relacionada com a medição da amplitude térmica, solicitando que os alunos façam a medida da temperatura (deve ser usado um termômetro para isso) para estipular a amplitude térmica de locais específicos, por exemplo, a escola. Para medir a temperatura durante a madrugada as escolas podem solicitar a ajuda de vigilantes noturnos (caso os tenha). Não sendo possível medir a temperatura durante a madrugada (supostamente seria o momento da menor temperatura) pode sugerir um determinado horário durante o dia e outro à noite, apenas para poder desenvolver o conceito e o entendimento sobre amplitude térmica.
Caso você tenha outra dica para este texto diga-nos utilizando os comentários deste post. Vamos socializar.
Gostaria de poder ler a pesquisa na integra. Ela está disponível em algum lugar?
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