Ser professor no Brasil não é nada fácil. Essa é uma afirmação que não pode ser vista como um clichê, tirando raríssimas exceções, os professores são uma categoria que ainda recebe muitos elogios no discurso e muita pancada na prática. Apesar das durezas do cotidiano do professor, não se pode negar que há, também, muitos bons momentos que existem porque não dependem diretamente da vontade política para que ocorram. Se você acha que estou a falar da relação professor/aluno, você está certo.
É na relação professor/aluno que muitas vezes o professor retira boa parte da satisfação pela profissão que escolheu. Isso acontece praticamente todas as semanas comigo em meu cotidiano de sala de aula e não foi diferente na semana que passou. Nem tudo são flores, mas as flores que aparecem são lindas e perfumadas.
Na semana que passou, para citar um exemplo, um aluno com uma legítima veia humorística me fez rir por uma grande sacada que ele teve ao ler o título do seu livro didático (vou fazer o relato do que ele disse, mas somente se este post tiver 50 mil visualizações. Ah! e só para você saber, meus post´s são lidos, em média, por 10 pessoas. Autoestima é tudo!). Esse meu aluno não está sozinho, há outros que são tão "espirituosos" quanto ele, mas esse eu destaco, pela sua história de vida, nada fácil e que, mesmo assim, esbanja alegria no olhar e nas palavras durante as aulas.
Sinto uma quase obrigação em orientá-lo para uma possível caminhada nas possibilidades cômicas, quem sabe não será o seu humor, extremamente perspicaz e refinado a chave de uma futura porta a ser aberta? Hoje ele é apenas mais um jovem adolescente com seus 14 anos que a pandemia isolou, mas que têm em sua singular forma de rir do mundo uma possibilidade para novas escolhas.
Alguns alunos possuem sonhos, outros infelizmente não têm tempo nem para dormir, quanto mais sonhar. A escola possui um importante papel no auxílio daqueles que mais precisam realizar seus sonhos e aqueles que ainda não sabem que têm o direito de sonhar.
Postei errado!
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