17ª Cúpula Anual do BRICS
Um Ponto de Inflexão para o Sul Global
A cúpula no Rio de Janeiro consolidou a expansão do bloco e reforçou sua ambição de reformar a governança global, buscando uma ordem mundial mais multipolar e representativa.
Visão Geral da Cúpula
Esta seção apresenta os elementos fundamentais que definiram a 17ª Cúpula do BRICS. Aqui você encontrará o lema que guiou as discussões, o local simbólico do encontro e os dados essenciais do evento, fornecendo um panorama completo sobre a organização e o espírito da cúpula liderada pelo Brasil.
Local e Datas
Museu de Arte Moderna (MAM), Rio de Janeiro, nos dias 6 e 7 de julho de 2025.
Lema do Encontro
"Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança Mais Inclusiva e Sustentável."
Presidência
O Brasil exerceu a presidência rotativa do bloco, definindo a agenda e as prioridades do ano.
O BRICS Ampliado
Explore a nova composição do BRICS após sua recente expansão. Esta seção visualiza os países membros, incluindo os fundadores e os novos integrantes, além dos países parceiros. A dinâmica do bloco também foi moldada por ausências notáveis, que revelam as complexas relações geopolíticas internas e externas.
Membros Plenos
Brasil
Rússia
Índia
China
África do Sul
Indonésia
Egito
Etiópia
Irã
Arábia Saudita
Emirados Árabes
Ausências Notáveis e Implicações
Presidente Xi Jinping (China)
Representado pelo Premier Li Qiang, sua ausência presencial, a primeira em 12 anos, gerou especulações sobre tensões internas no bloco, como o descontentamento com a não adesão do Brasil à Iniciativa Cinturão e Rota.
Presidente Vladimir Putin (Rússia)
Participou virtualmente para evitar constrangimentos diplomáticos ao Brasil devido a um mandado de prisão internacional. A medida demonstra o equilíbrio buscado pelo país anfitrião.
Temas em Foco
Navegue pelos principais eixos de discussão que pautaram a Cúpula do BRICS. Cada aba revela os debates e as ambições do bloco em áreas cruciais, desde a reforma da arquitetura financeira global até a governança de novas tecnologias. Esta seção oferece um mergulho profundo na agenda de transformação do Sul Global.
Reforma da Governança Global
Um dos pilares do encontro foi o apelo por uma transformação do sistema multilateral para torná-lo mais justo, democrático e representativo. O bloco defendeu maior participação de países em desenvolvimento em estruturas como a ONU, FMI e Banco Mundial. A proposta unificada de reforma do FMI, com nova distribuição de votos e o fim da tradição de liderança europeia, foi um marco.
Desafios Econômico-Financeiros
A agenda incluiu debates sobre a redução da dependência do dólar e o uso de moedas locais. No entanto, a "desdolarização" expôs divergências, com a Índia mostrando-se cautelosa. O fortalecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e a condenação a tarifas comerciais "indiscriminadas" dos EUA também foram pontos-chave.
Cooperação em Clima e Inteligência Artificial
O BRICS buscou avançar em uma agenda comum de liderança climática e financiamento para a transição energética. A governança da Inteligência Artificial (IA) também foi um tema central, com o objetivo de promover uma regulamentação internacional inclusiva que aproveite o potencial da tecnologia para o desenvolvimento de todos.
Paz e Segurança Multilateral
Em meio a tensões globais, como o conflito Israel-Hamas, a cúpula dedicou-se a reformar os sistemas de paz. A declaração final expressou grande preocupação com a situação nos territórios palestinos, condenando o uso da fome como método de guerra e a obstrução de ajuda humanitária, mostrando uma postura mais assertiva do bloco em questões de segurança internacional.
Decisões e Força Coletiva
Esta seção detalha os principais acordos firmados e visualiza o peso do BRICS no cenário mundial. Os acordos refletem o compromisso do bloco em áreas estratégicas, enquanto o gráfico comparativo demonstra a crescente relevância demográfica e econômica do Sul Global, um dos principais fatores que legitimam sua busca por maior influência global.
- ✔Reforma do FMI: Proposta unificada para alterar o sistema de cotas e a gestão do fundo.
- ✔Garantia de Investimento: Proposta de um novo mecanismo via NDB para impulsionar investimentos.
- ✔Cooperação em Saúde: Lançamento de parceria para eliminar doenças negligenciadas.
- ✔Financiamento Climático: Busca por um quadro conjunto para guiar a ação climática do bloco.
Contexto Geopolítico e Desafios
O BRICS atua em um cenário global complexo, marcado por uma crescente rivalidade com o G7 e por desafios internos que testam sua coesão. Esta seção explora as dinâmicas de poder, as divergências entre seus membros e como os conflitos internacionais influenciam a capacidade do bloco de agir de forma unificada na busca por seus objetivos.
BRICS vs. G7: A Busca por uma Ordem Multipolar
O BRICS se posiciona como um contrapeso ao G7, defendendo uma ordem global mais equilibrada. Com quase metade da população mundial e um PIB combinado superior, o bloco ampliou sua voz e busca maior representatividade para o Sul Global. A cúpula reforçou essa postura, mas sem uma oposição direta ao Ocidente, priorizando o diálogo e a cooperação.
Divergências Internas: O Eixo China-Índia
As "fortemente divergentes" entre China e Índia continuam sendo um fator que limita a eficácia do bloco. A ausência de Xi Jinping e a proeminência de Narendra Modi na cúpula podem ter acentuado essas tensões, tornando a busca por consenso um desafio ainda maior e testando a coesão do grupo em temas sensíveis.
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